terça-feira, 6 de abril de 2010

O Nome do Vento



O Nome do Vento
A Crônica do Matador do Rei
Primeiro Dia


Autor: Patrick Rothfuss

Editora Sextante




Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso. Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.


Eu comecei a ler este livro sem saber nada a respeito dele. Nunca dei bola para as manchetes do tipo "Primeiro lugar na lista do New York Times", etc. (muita gente compra muita porcaria, então estar entre os livros mais vendidos não significa necessariamente ser um bom livro). Eu também já estava um pouco cansada de livros estilo Harry Potter, Senhor dos Anéis, e universos mágicos e fora da nossa realidade. Mesmo assim, o título do livro me chamou a atenção. Como uma boa Química, torci o nariz para o comentário do autor que se diz um "alquimista" nas horas vagas, mas ele foi salvo pelo comentário seguinte, agradecendo à mãe por tê-lo introduzido à Narnia e Terra Média quando criança.


*O texto abaixo pode conter spoilers*


No início a história pode parecer confusa. Os personagens citam pessoas, lugares e fatos que nós, leitores, ainda não conhecemos, mas que eles usam em suas conversas como algo normal, e a gente fica meio perdido e meio curioso para entender tudo o que eles estão dizendo. Aos poucos, entretanto, vamos nos familiarizando com um mundo habitado por pessoas que temem demônios, por arcanistas que afirmam que coisas como demônios não existem, cheio de fábulas cantadas de geração em geração que podem ser mais reais do que qualquer personagem imagine.


Kovthe, Kote ou qualquer outro nome usado pelo personagem principal e narrador de 99% da história é uma destas lendas que, na verdade, é real. É por causa da visita do Cronista, um famoso contador de histórias que procura incessantemente pela verdadeira história de Kovthe, que o personagem principal nos presenteia com suas memórias. Segundo ele, toda a sua vida pode ser contada em três dias, e "O Nome do Vento" é apenas o primeiro. Ou seja: fãs já estão lucos esperando pelo segundo e terceiro dias/livros.


Além de nos apresentar o universo por onde a história de Kovthe acontece, o primeiro livro também nos conta a infância e a grande tragédia vivida pelo personagem principal. Toda a família de Kovthe foi morta por um grupo chamado "Chandriano". Uma lenda, cantada em cantigas infantis ou sussurrada entre adultos para espalhar o medo em pequenos vilarejos. Aturdido e assustado quando se viu sozinho no mundo, Kovthe leva algum tempo para assimilar as histórias sobre o Chandriano e o assassinato da família. Quando ele finalmente entende o que aconteceu, parte na busca por mais informações sobre uma lenda tão antiga que mais ninguém acredita que ela existe e em busca da sua vingança.


E é esta a história das "Crônicas do Matador do Rei". O Nome do Vento é apenas o começo... O início do relato de uma lenda sobre sua incansável busca a outra lenda.


Comentário apenas para fãs de "Naruto" e Sasuketes:

É impossível não lembrar do Sasuke enquanto Kvothe vai contando sua história. Filho do líder de uma trupe de artistas, Kovthe sai de perto do acampamento para um passeio no final da tarde e quando volta, já noite, encontra tudo queimado e seus pais e todos os demais integrantes da trupe assassinados. O assassino, entretanto, deixa Kovthe vivo e, embora ele não mande o menino treinar e odiar para um dia se vingar, é exatamente isso que o personagem principal faz. Kovthe traça seu caminho para obter mais informações sobre os assassinos da família e conseguir sua vingança.

Não se pode dizer que Kvothe é um personagem mau, um vilão. Pelo contrário, ele tem uma boa índole e um coração generoso. Mas sua personalidade muda drasticamente quando o assunto é vingança. Não sei até onde essa busca por vingança vai levar, mas já sabemos que o personagem principal, mesmo depois de ter vingado a morte da familia, não é uma pessoa feliz. É uma leitura interessante para os fãs do tema que assombra o Sasuke desde o início do mangá.

E afinal, como eu disse no twitter: Quem gosta do Sasuke, vai amar o Kvothe! ;)

Um comentário:

  1. Eeeh!Finalmente alguém que leu o livro!Eu apostei todas as minhas fichinhas quando comprei o nome do vento assim,muito aleatóriamente.Eu gostei tanto,tanto!Foi assim,aquela leitura no automático.O Kvothe,apesar de muito do metido,é daqueles personagens que não tem como não gostar,pelo menos pra mim.E ele é ruivo XD.Eu sempre lembro de Don Juan (o do Johnny Depp) no modo dele descrever a própria história. Engraçado que eu nunca tinha prestado atenção na semelhança entre os dois...e agora fiquei encucada XD.Enfim.O autor "terminou" o segundo livro,tem um tempo.Ele até postou uma foto,mas como ainda vai pra revisão,edição e tudo mais.E até sair no brasil,acho que demora um tempo.

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