domingo, 13 de junho de 2010

Crendice - Minha Primeira Original!

cren.di.ce
  • crença de cunho supersticioso, sem base em religiões institucionalizadas e, por isso, sem a sua sanção
  • qualquer superstição, geralmente de origem popular; crendeirice

 Este é o nome da primeira história que comecei a publicar no Blog . Os personagens são lendas brasileiras e universais, uma brincadeira com crendices que ouvimos por todos os cantos.

Sinopse: Dizem que há uma guerra pelos bastidores, entre os mais velhos e os mais modernos. Felizmente, no Brasil, esse negócio de Lobisomem, Boto Cor-de-Rosa e Mula-Sem-Cabeça é tudo crendice!
Classificação: +16

Gêneros: Comédia, Fantasia, Romance
Avisos: Linguagem Imprópria
           Nyah!

E no link abaixo, uma palinha para quem ficou curioso:


- Então... – ele começou, meio sem jeito. – Você é minha filha...

Eu só levantei os olhos para ele, observando o terno branco e o chapéu ridículo que ele usava na cabeça. Fala sério! Roberto Carlos e ainda aquela roupa? Quem usa chapéu hoje em dia!? Ninguém merece um pai assim... E pensar que era para eu ser filha do “Tom Cruise”. Minha mãe devia estar cega quando se apaixonou por ele.

Meu... err... pai... continuou parado, olhando para mim em silêncio. Pelo jeito, só sairia dali se eu conversasse com ele. Então, falei:

- É o que a minha mãe diz...

Ele assentiu com a cabeça.

- Eu... Eu acho que devo pedir desculpas. – Ele se aproximou de mim, parando do lado da espreguiçadeira. – Eu... nunca conheci um filho antes... Não sei muito bem como me comportar nestas situações.

- Você podia começar me dizendo seu nome verdadeiro – respondi, seca. “Nunca conheci um filho antes...”Aff! Eu não tinha que ser educada com um cara desses, tinha?

- Hummm... – Ele sentou de lado na outra espreguiçadeira, apoiou os cotovelos nos joelhos e levantou as mãos para apoiar o queixo, numa posição de quem estava prestes a contar algo muito sério. – Você não vai gostar de saber...

Eu o encarei, incrédula.

- Não vou gostar de saber o seu nome? – ri.

O que poderia ser mais manjado que Roberto Carlos?

– Eu acabei de descobrir que o meu pai não é nada parecido com o astro de Hollywood como minha mãe sempre disse que você era. Vá em frente. Eu agüento ouvir o seu nome verdadeiro.

- Boto – ele respondeu.

- Boto? – Estreitei os olhos e balancei a cabeça, sem entender nada do que ele estava falando. – Que boto? Eu perguntei o seu nome. Você não pode dizer o seu verdadeiro nome nem para a sua filha?

Eu já tinha me sentado e virado para ele nessa hora, levantando a voz, impaciente com aquela conversa maluca.

- Boto, o Boto. Boto Cor-de-Rosa. Nunca ouviu falar de mim?

Eu dei uma gargalhada. A conversa estava ficando cada vez mais absurda, mas não custava entrar na brincadeira para ver até onde ele queria chegar...

- Boto Cor-de-Rosa... Sei... Tipo aquele que está em extinção na Amazônia.

- Não – ele respondeu com um suspiro. – Tipo aquele que sai a noite para seduzir mulheres solteiras.

Eu abri a boca de susto. Não dava para acreditar que ele estava querendo me convencer que era uma lenda.

- Não precisa me olhar com essa cara! – ele se defendeu. – Eu sei que o que eu faço não é nada nobre, mas eu sempre fui assim. Minha fama já ajudou muitas meninas a explicarem suas barrigas e, em minha defesa, não tenho tantos filhos por aí quanto alegam.

(...)
- Ok. Então você quer dizer que vocês... Lendas... existem mesmo? Como a Sininho do Peter Pan? Que precisa que a gente acredite em vocês para continuarem existindo?

- Não. As Lendas existem. Vocês acreditam se quiserem.

Ah ta... E se eu não quiser acreditar que o louco da minha frente é o meu pai?

 (Mais nos links acima!)

XD

Um comentário:

  1. O.o Uau gostei!
    Ela é filha do boto-cor-de-rosa, será que ela é uma sereia? Ou sei lá uma botinho-cor-de-rosa?
    rsrsrsrsr
    Adorei!
    bjs

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